Apostar em mais um capítulo da franquia Exterminador do Futuro é uma atividade que tem se mostrado perigosa nos últimos anos, que o diga Emilia Clarke e seu ‘Gênesis’. James Cameron e cia, porém, resolveram seguir outro caminho com Destino Sombrio e apagar qualquer traço dos filmes lançados após O Exterminador do Futuro 2: O Julgamento Final.
Sendo assim começamos logo de cara com Linda Hamilton como a icônica Sarah Connor, em sua versão décadas mais nova, alertando sobre o iminente fim do mundo. Com essa introdução o filme parece querer esclarecer que está de volta às raízes do que transformou os dois primeiros longas em peças-chave do cinema e da cultura pop como um todo. Infelizmente para os fãs, a nova continuação não se mostra à altura.
Roteiro do novo ‘O Exterminador do Futuro’ decepciona
Desenvolvido por oito escritores diferentes, o roteiro surpreendentemente não é confuso, mas sim simplesmente decepcionante. Isso porque tira dos originais o que eles têm de melhor sem contribuir efetivamente com algo que eleve a história ou os seus personagens. Dessa vez a jovem perseguida é Dani Ramos, vivida pela colombiana Natalia Reyes, que precisa ser protegida a todo custo pela soldado Grace, interpretada pela super talentosa Mackenzie Davis (Black Mirror).
Assim como a nova versão do Exterminador de Gabriel Luna, ela foi enviada do futuro após passar por melhoramentos que a tornaram mais rápida, forte e capaz – parte humana, parte robô – a fim de proteger Dani, que no futuro será mãe daquele que irá comandar a revolução humana contra as máquinas. Para tanto elas precisarão da ajuda de Connor, que têm fugido das autoridades há décadas, se tornando expert em cobrir rastros.
Atrizes brilham em novo filme
Em determinado momento, porém, o trio precisará do apoio de um quarto integrante: Arnold Schwarzenegger retornando como T-800. O confronto inicial entre ele e Sarah evoca altos níveis de nostalgia, porém as cenas que dividem acabam sendo mal aproveitadas. Reyes, que deveria ser um dos destaques como protagonista, acaba sendo engolida pelo carisma de Mackenzie, que brilha ao lado de Hamilton, tornando questionável o desenvolvimento de uma possível nova trilogia comandada por ela.
Escolhendo não pecar pelo excesso e se mantendo demais sob a sombra dos primeiros filmes, O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio não consegue exatamente decolar por conta própria – algo que O Despertar da Força conseguiu com Star Wars. Entre o original bem feito e o reciclado meia-boca, os fãs já sabem o que escolher.